Tema A

"A memória, onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro. Devemos trabalhar de forma a que a memória coletiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens.”

Jacques Le Goff, “Memória”, Enciclopédia Einaudi, vol. I, Lisboa, IN-CM, 1984, p. 47

Num texto com um mínimo de 200 e um máximo de 300 palavras, desenvolve uma reflexão sobre a importância da memória e do discurso da História, na construção da identidade do indivíduo e/ou da sociedade.

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O passado é a chave do presente e do futuro. Isto é algo que devemos ter sempre na nossa cabeça. É a História de um país que nos diz quem somos ou o que fizemos. Tomemos como exemplo Portugal. Fomos “donos e senhores” do mundo. Agora, o que somos? Um país com pouco mais de dez milhões de habitantes, que vive com a “corda à garganta”. O que havemos de fazer? Nada! Resta-nos recordar e defender o passado, servindo para isso a História e, principalmente, a memória.

Para isso, é necessário, primeiro que tudo, ter um conhecimento (digo apenas mínimo) da nossa História. Não digo saber os reis de uma ponta à outra, as dinastias, os cognomes, datas, acontecimentos, tudo! Digo apenas conhecer os principais acontecimentos, as principais personalidades e saber qual a importância deles para o nosso país. Com tantas asneiras que por aí ouvimos, sabemos bem que grande parte de nós não conhece a História do nosso país. É por aqui mesmo que devemos começar.

Por outro lado, nunca, mas nunca devemos abandonar a cultura do local onde nascemos. O local onde nascemos é tanto ou ainda mais importante do que o país onde nascemos. A cultura, a forma como falamos, tudo isso nos identifica enquanto pessoas de uma determinada região. Para mim, é algo que nunca devemos esconder, o local de onde viemos.

Em jeito de conclusão, “a memória (…) procura salvar o passado para servir o presente e o futuro”. Devemos apostar cada vez mais no conhecimento da História de um povo. Para tal, esse conhecimento deve ter início na escola e em casa, para que não sejamos um povo inculto, sem saber quem fomos no passado.

Tema B

Sophia de Mello Breyner, no poema “Cantata da Paz”, escreve: “Vemos, ouvimos e lemos / Não podemos ignorar”.

Escreve um texto de reflexão sobre a importância que o ver, o ouvir e o ler assumem na melhoria da vida, da sociedade e da humanidade (mínimo de 200 e um máximo de 300 palavras).

Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo a dois argumentos e referindo um exemplo para cada um.

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É verdade que somos animais racionais. Podemos dizer que, de entre todos os animais, nós temos um “dom”. Mas, tal racionalidade, é fruto de quem ou do quê? Enquanto bebés e crianças, porque não agimos racionalmente? Porque utilizamos, e peguemos no caso dos bebés, as mãos para tocar em tudo o que lhes aparece pela frente, tudo o que veem? Sem os sentidos, sem a capacidade de ver, ouvir ou tocar, não conheceríamos o mundo, não seríamos os seres racionais que somos.

É evidente que o facto de vermos, ouvirmos e lermos nos ajuda a compreender o mundo e nos leva a uma melhoria da vida, não só de cada um de nós, mas também da sociedade e da humanidade.

Podemos ter duas visões diferentes sobre esta perspetiva: uma mais positiva e outra mais negativa.

Por um lado, o facto de vermos, olharmos, saborearmos ou lermos, ajuda-nos a melhorar as relações no mundo. Como? Numa aproximação entre as pessoas, no toque, no conhecimento do mundo através dos sentidos, possibilitando-nos um conhecimento mais realista e menos racional. Algo fundamental para melhorarmos a vida, não só de nós mas também da sociedade.

Como existe sempre um lado negro das coisas, aqui vai. Quem nunca ouviu falar de “boatos”? Por exemplo, “ouvi dizer isto…”, “li isto neste ou naquele sítio…”, “vi aquela pessoa com aquele ou com o outro…”. Apesar de ser de grande importância, os sentidos podem levar a grandes conflitos entre pessoas, muitas vezes, amigos.

Em jeito de conclusão, seja qual for a visão sobre a importância dos sentidos na vida, é inegável dizermos que os sentidos são responsáveis pela criação de nós próprios enquanto seres, seres que podem ver, ouvir e ler, capacidade que, ligada ao poder da nossa mente, nos distinguem de tudo o resto.

Tema C

Elabore uma reflexão sobre a sociedade dos nossos dias, partindo da perspetiva exposta no excerto a seguir transcrito:

"A aparência vai tomando conta até da vida privada das pessoas. Não importa ter uma existência nula, desde que se tenha uma aparência de apropriação dos bens de consumo mais altamente valorizados"

Agustina Bessa-Luís, Dicionário Imperfeito, Lisboa, Guimarães Editores, 2008

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

Escreva um texto, devidamente estruturado, de duzentas e trezentas palavras.

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Uma sociedade de bonecos

A vida de hoje é feita de aparências, é impossível negar tal facto. É-se conhecido poe vestir esta marca de roupa, ter um automóvel que custou centenas de milhar de euros ou ter quatro ou cinco consolas de jogos (sim, e refiro as consolas pelo facto de jovens e crianças também estarem ligadas a esta "moda" de "viver das aparências"). Vivemos num mundo de aparências, onde é mais importante o "o que se veste" do que o "o que se é".

Mas porque acontece tal facto? São vários os casos que aqui podeiram ser enumeradas, mas trezentas palavras não chegariam para tal. 

Comecemos então. Em primeiro lugar temos um dos maiores problemas que este mundo enfrenta: o poder das marcas. São várias as estratégias de marketing que marcas de todos os setores utilizam para "conquistar" as pessoas. Aliadas a estas marcas estão várias figuras públicas mundiais, que recebem quantidades exorbitantes de dinheiro para fazerem esta campanha ou para vestirem esta ou aquela peça de vestuário. É, sem margem para dúvidas, uma forma de enganar pessoas e fazê-las gastar o seu precioso dinheiro.

Por outro lado, outro problema da sociedade atual é a fama/popularidade. Peguemos num caso concreto: uma escola. Apesar de poder não acontecer, qual é a escola em que aquele que se veste melhor ou tem isto ou aquilo não é o mais popular? Pode haver casos em que tal não aconteça, mas o mais frequente é ver-se tal facto.

Em jeito de conclusão, a nossa sociedade tem de mudar! Devem-se julgar menos as pessoas por aquilo que vestem ou têm e sim por aquilo que são. Uma sociedade que viva das aparências não é uma sociedade justa, é sim uma sociedade de bonecos!

Tema D

Leia a seguinte citação, do escritor alemão Johann Wolfgang Goethe: 

"A Natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas"

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e uma máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre a preservação da Natureza, partindo da citação acima transcrita.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

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Desde sempre, o Homem esteve ligado à Natureza. Foi da Natureza (ou do meio dela) que nascemos, é dela que vivemos e, ironicamente, é nela que acabamos por morrer. No entanto, a ligação e o contributo entre o Homem e a Natureza é desigual. A Natureza dá-nos o que precisamos para vivermos: oxigénio, alimentos, tudo. E nós, seres humanos, o que lhe damos? Nada! É verdade, nós não lhe damos nada! E para lém de nada lhe darmos, ainda a destruímos. Emissões de gases que acabam com uma enormidade de espécies, desflorestação para nosso próprio benefício... bem, poderia levar o resto do dia a enumerar exemplos e mais exemplos de ataques contra a Natureza.

Qual é a única solução? Mudar de hábitos e preservar a Natureza. São vários os exemplos que podiam ser referidos, mas vou apenas referir os mais importantes.

Primeiro que tudo, devemos acabar com a desflorestação. Quantas mais árvores deitamos abaixo, menos oxigénio temos. Ora, se nós apenas vivemos com oxigénio, um gás que nos dá vida, é um pouco, desculpema expressão, "estúpido", estarmos a abater árvores. Devemos plantar mais árvores aliás, já que os níveis de poluição no planeta são enormes.

Por outro lado, devemos diminuir, como já foi referido, os níveis de poluição no planeta, Quantos automóveis são vistos em cidades como Lisboa ou Porto com apenas um passageiro? Evitem isto! Utilzem transportes públicos ou juntem-se em grupos de pessoas e utilzem o mesmo automóvel. Para além de ajudar a Natureza, ajuda o bolso de cada um...

Em suma, devemos proteger a Natureza. Somos nós, os adultos de amanhã, que temos essa responsabilidade. Sem o nosso contributo, tanto a Natureza como o planeta podem estar arruinados e nunca mais haver salvação. Um pequeno gesto hoje pode salvar biliões de vidas amanhã! Pensem nisto...

Tema E

Afirma-se com frequência que a cor faz parte da nossa cultura visual.

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, defenda um ponto de vista pessoal sobre a importância simbólica das cores na nossa sociedade.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

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Imaginemos um mundo onde tudo fosse preto e branco. E não, não me estou a referir a questões políticas ou sociais. Simplesmente isto, um mundo a preto e branco, com pessoas e objetos a preto e branco (sem querer denegrir algumas raças). Esquisito, certo? Ninguém é capaz de imaginar como seríamos, como viveríamos e, de facto, como seria o planeta. Pois é, sem nunca termos reparado em tal, a cor tem um papel muito mais importante na nossa vida do que aquilo que imaginamos. O nosso mundo é um planeta onde a cor impera e são vários os exemplos onde a cor tem um papel fundamental.

Comecemos por um mundo que costuma ser alvo de críticas: a política. Podemos não ter essa noção, mas a cor também é importante na área da política. Alguma vez repararam que cores utilizam os partidos políticos? Cores quentes. É verdade, cores quentes, da esquerda à direita, dos mais radicais aos mais conservadores. Porquê? Por uma simples razão: chamar a atenção do eleitorado. Todos nós sabemos que somos mais facilmente atraídos por cores como o vermelho, o rosa ou o laranja (porque razão terão sido referidas estas cores…?).

Outro grande “mundo” onde a cor é importante é o mundo da moda. Neste mundo então, nem é preciso estarmo-nos a preocupar a encontrar uma razão para a utilização desta ou daquela cor. Simplesmente é moda. A moda não é comandada por ninguém, ela é que nos comanda a nós. Sejam quais forem as cores, aceitamo-las, quer gostemos ou não.

Em suma, a cor tem um papel importante no nosso planeta? Claro que tem! É certo que nunca vimos o mundo sem cor, mas gostariam mesmo de o ver assim? Penso que não. Se temos um mundo com cor, aproveitemo-lo sem nos queixarmos!

Tema F

Os espaços, reais ou imaginários, podem ser vividos como lugares de abrigo, de realização pessoa, de liberdade, de opressão…

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão pessoal sobre a relação que o ser humano estabelece com determinados espaços.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

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Desde sempre, o ser humano mudou o Natureza. Seja para construir cidades, espaços de lazer, tudo o que lhe der na cabeça. No entanto, mudou mais umas zonas do que outras. Foi por isso que o Homem foi capaz de criar dois espaços: a cidade e o campo.

Por um lado, a cidade. A cidade é um Mundo dentro do Mundo. É aqui que o Homem pode viver os sonhos, construir uma vida. É na cidade que tudo existe e tudo é capaz de existir. Desde as vias de comunicação, os edifícios monumentais, os serviços, tudo. No entanto, também existem coisas más, já que a cidade é um “lixão”. São os níveis de poluição elevadíssimos, são as pessoas que “não ligam nenhuma a ninguém”. Resumindo, é um autêntico caos.

Por outro lado, o Homem foi capaz de criar um espaço onde tudo é diferente: o campo. No campo, O homem não tem tantas possibilidades de ver um filme, de poder continuar os estudos, de ter edifícios com sete ou oito andares. Não tem, é verdade. No entanto, ao nível das relações entre pessoas e ambiente, o campo supera, sem qualquer dúvida, a cidade. Poluição nem vê-la, as pessoas conhecem-se todas (por vezes, até demais…), trânsito não existe…, ou seja, o campo é perfeito para quem quer ter uma vida calma e tranquila.

Em suma, o que será melhor: o campo ou a cidade? Para uns será a cidade, pela agitação. Para outros será o campo, pela calma e tranquilidade. Seja qual for a preferência das pessoas, ninguém, e repito, ninguém é capaz de viver apenas na cidade ou apenas no campo. O que fazer então? Criar uma cidade dentro do campo? Ou o campo na cidade? Boa questão…

Tema G

Parafraseando Álvaro de Campos, Yvette Centeno escreve: "ler, ler muito, ler tudo e de todas as maneiras".

Num texto de 200 a 300 palavras, faz um comentário, de concordância ou discordância, à frase de Yvette Centeno. Utiliza argumentos e exemplos.

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Uma sociedade de analfabetos

O nosso Mundo é o Mundo do conhecimento, é um Mundo onde tudo se sabe. Um sismo ocorre no Japão e dez segundos depois o relato de tal acontecimento está a ocorrer nos antípodas. Numa sociedade como a de hoje, o "esconder" de algo à população em geral é muito difícil. E de que forma pode tal acontecer? Através da leitura! Sim, da leitura. Apesar de nos parecer algo completamente absurdo, nós só conhecemos o nosso Mundo porque lemos coisas neste ou naquele sítio. Curioso...

Mas de que forma a leitura nos pode "ajudar" enquanto pessoas? Dois exemplos muito simples e fáceis de compreender. Primeiro que tudo, a leitura de notícias. Seja em jornais, em revistas, na televisão, na tão "gigantesca" internet... São várias as formas através das quais podemos saber aquilo que se passa no nosso planeta. Por outro lado, e este sim com maior importância: através dos livros. A leitura através dos livros trambém nos permite conhecer o Mundo. Não como nos jornais e na internet, mas como uma forma de compreender o Mundo melhor e até, quem sabe, de o podermos melhorar. Os livros são formas de conhecimento incríveis, que nos permitem aprender, conhecer e, até mesmo, questionarmo-nos sobre aquilo que nós somos. 

Em suma, é claro que concordo com a frase de Yvette Centeno. Esta frase devia até estar bem visível em vários locais do nosso quotidiano para que nos apercebessemos o quão importante a leitura é. Estamos inseridos numa sociedade da informação, uma sociedade em que tudo se sabe. Os mais, por assim dizer, "ignorantes", serão facilmente afastados desta sociedade. É pena que os nossos cidadãos de amanhã não percebam isto. Pode ser que ainda vão a tempo...